Somos quase que condicionados desde o nosso nascimento a sermos pessoas que não falam de si mesmas. Isso se dá em razão do pensamento coletivo que pessoas que falam de si mesmas são narcisistas e “que se acham”.
Quando crescemos, por um desejo inato de sermos aceitos em nosso meio social, evitamos falar muito de nós mesmos para não nos enquadrarmos naquelas classificações.
Realmente pessoas que falam muito, e apenas, de si mesmas são chatas e acabam sendo excluídas por isso, contudo, infelizmente, acabamos generalizando esse aprendizado para momentos que precisaríamos falar de nós mesmos, como em entrevistas de emprego, em apresentações formais ou até mesmo em bate papos em que somos inquiridos sobre nossas qualidades. Pensamos que, se falarmos tudo aquilo que pensamos de bom sobre nós, estaremos sendo esnobes ou “não humildes”.
Outro fator que dificulta grandemente a exposição pessoal de nossas qualidades é a baixa autoestima. O quanto eu acredito em mim mesmo, o que sinto por mim mesmo, irá interferir na maneira como me expresso, me fazendo escolher esconder algumas características por não pensar que são tão boas ou que não pensamos ser verdadeiras, apesar de sentir e receber apontamentos positivos de terceiros sobre elas.
Ser humilde é não ter a intenção de tripudiar em cima de ninguém, é se reconhecer como igual, mas conseguir se expressar de maneira verdadeira e adequada diante das situações de própria vida. Se você é solicitado a dizer sobre suas qualidades e você acredita ter 30 boas qualidades, dizer todas elas não te fará menos humilde. É muito importante compreendermos isso o quanto antes, pois influenciamos a nós mesmos a todo instante por pensamentos, sentimentos e ações que tomamos.
Sendo assim, te pergunto, quais qualidades acredita ter? Se fosse questionado sobre elas, você diria todas ou deixaria alguma de fora? Teria a mesma propriedade e confiança para expressar todas da mesma maneira, ou uma parece menos verdadeira que outra?
Reflita sobre isso, se conheça mais, se aceite mais e seja mais feliz.
